Guia de cursos tecnólogos: conheça as opções e saiba as diferenças entre eles

Olhar Digital mostra como a graduação tecnológica pode ser uma boa saída para quem quer ser um especialista completo no mercado de trabalho

Você já pensou em trabalhar com tecnologia? Ou mesmo, faz isso como "ganha-pão"?

Não é de hoje que os cursos de graduação no segmento da tecnologia têm se ramificado a uma velocidade bem difícil de acompanhar. Hoje, as áreas em que a tecnologia está envolvida – seja em software ou hardware – são incrivelmente abrangentes e, a grosso modo, um bacharelado de quatro ou cinco anos parece até pouco para se aprender tudo.

A solução para isso pode residir, por incrível que pareça, na redução do tempo de estudo. As graduações tecnológicas, popularmente conhecidas como "estudo tecnólogo", possuem duração de dois a três anos, e apresentam uma solução rápida para quem quer entrar no mercado de trabalho já com uma especialização em mãos.

"Basicamente, o bacharelado é uma forma mais abrangente de estudo, com mais áreas", diz o Professor e Doutor Valdéres Fernandes Pinheiro, coordenador geral da área de Tecnólogos da Faculdade Impacta. "No caso do tecnólogo, a diferença é que esses cursos menores são focados em formar especialistas em áreas específicas, necessárias". Já o Diretor da Escola de Engenharia e Tecnologia da Universidade Anhembi Morumbi, Fabiano Marques, exemplifica: "Um bacharel em Ciências da Computação pode atuar como programador, analista, administrar um banco de dados e por aí vai. O tecnólogo será um especialista em uma dessas três áreas".

O professor Valdéres explica que o curso "tecnólogo" como se conhece hoje começou na década de 1980, sob o nome "engenheiro de produção". Segundo ele, a demanda no setor ramificado da engenharia (civil, elétrica e por aí vai) começou a exigir que trabalhadores especializados em áreas muito segmentadas fossem inseridos no mercado de trabalho de forma rápida. Essa mesma demanda reapareceu nos anos 90 e afixou-se nos anos 2000 – daí a crescente oferta das universidades em graduação tecnológica.

Para Valdéres, o perfil do tecnólogo costuma ser o de um profissional que já está inserido no mercado de trabalho, mas que busca um aprimoramento em uma área mais focada: "Pense, por exemplo, no cara que trabalha com banco de dados – um curso tecnólogo vai melhorar seus conhecimentos na área que ele já está atuando. Ou ainda ele pode escolher outro curso e aumentar sua área de atuação". O ideal para o doutor é que o interessado em cursar o setor tecnólogo já entre nas disciplinas sabendo exatamente o que quer. Caso contrário, o mais recomendado é a graduação comum, devido à maior abrangência de assuntos abordados.

Já Fabiano aponta que essa modalidade de curso é destinada a estudantes que querem ter um grau elevado de especialização, mas que procuram uma inserção mais rápida no mercado de trabalho. A ideia, segundo ele, é suprir rapidamente a demanda por especialistas de áreas específicas.

O conteúdo aplicado, aliás, é um ponto bastante questionado, pois há quem acredite que o tecnólogo tem um conteúdo de qualidade inferior à graduação por bacharelado. Para o professor, porém, isso é infundado: "A grade curricular é menor em tamanho, mas é bem mais enfática do que o bacharelado, por se concentrar em questões específicas do trabalho. O que gerou essa confusão foi o fato de, até alguns anos atrás, você ter o tecnólogo e o segmentado, que nada mais é do que o aluno do bacharelado com uma carga reduzida. Isso acabou gerando essa má interpretação, mas o tecnólogo é um curso capacitado como qualquer outro – o MEC aprova isso”.

A seguir: veja alguns exemplos de cursos tecnólogos e escolha o seu

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