2012: um bom ano para aprender a programar
Alguns por dedicação, outros por não ter muitas alternativas adicionais para tirar o maior proveito de seus aparelhos, muitos usuários aprendiam os rudimentos da lógica de programação e colocavam suas sequências, repetições e seleções para operar em joguinhos caseiros, pequenos aplicativos ou experiências geeks variadas.
A Internet para usuários domésticos como hoje a conhecemos ainda estava a cerca de 15 anos de acontecer, mas na época existiam revistas e verdadeiras avalanches de livros voltados ao usuário final e que tratavam da programação (geralmente em BASIC) como tema corriqueiro – e seus leitores não se incomodavam de digitar longas listagens para ter acesso ao que cada artigo propunha.
No processo, especialmente durante a tentativa de encontrar erros de transcrição que impediam seu programa digitado de funcionar, acabavam aprendendo técnicas de programação (e não necessariamente as melhores delas) mesmo que fosse por atrito.
Mas os anos foram passando, a computação pessoal evoluiu de maneiras variadas, e hoje é perfeitamente possível ter uma experiência plena de usuário de computador sem jamais programar nada, nem sentir falta.
O tempo passa, o tempo voa…
Os geeks contemporâneos, mesmo que não estejam expostos à imperiosa demanda de aprender programação para poder interagir com seus aparelhos, também podem sentir a demanda por saber programar, ou pelo menos para compreender os elementos básicos da programação.
Seja para desenvolver pequenas rotinas que automatizem alguma tarefa realizada em seus aplicativos, criar um script que dê funcionalidade adicional a algum jogo ou serviço on-line, ou mesmo modificar algum tema ou plugin de navegadores e blogs, ou tantas outras possibilidades criativas, há espaço para os conhecimentos básicos da programação na vida dos usuários.
E, claro, também sempre existe a possibilidade de estes conhecimentos básicos gerarem o impulso do aprendizado mais profundo, que acabam transformando um usuário em desenvolvedor, e – com ajuda de uma ideia criativa e de um ponto de vista diferente – trazem ao mundo novos apps de celular, jogos, aplicativos, serviços on-line e outras implementações criadas em software.
Mas as circunstâncias que nos anos 1980 serviam para motivar e fomentar o aprendizado de programação não existem mais: não há uma linguagem de programação extremamente simples (e limitada, em compensação) projetada para o ensino e cujo ambiente de desenvolvimento venha pré-instalado em todos os computadores populares, não há a demanda de aprender a programar para poder ser um usuário completo (felizmente), nem as revistas e outras fontes populares de informação para usuários finais permanecem incluindo informações sobre as técnicas da programação.
A alternativa 2012
Em compensação, há uma variedade de recursos on-line disponíveis para quem queira aprender a programar, embora frequentemente padeçam de uma forma nefasta do Efeito Tostines, em que você não consegue entender a documentação das linguagens e ambientes porque ainda não deu os primeiros passos, e não consegue dar os primeiros passos porque não consegue entender a documentação das linguagens e ambientes.
Para quem entende inglês, uma alternativa diferente é o site CodeYear, que convida os usuários a incluir “aprender a programar” entre suas resoluções para 2012, e vai acompanhá-los desde os primeiros passos, com novas lições interativas todas as semanas.
A promessa é que, antes que percebam, os alunos já estejam construindo aplicativos e sites. E como se trata de uma iniciativa da Codecademy, que tem experiência em guiar alunos em cursos introdutórios e básicos de programação pela web, eu não vejo motivos para duvidar.
Se você já lamentou não saber programação, pode ser a sua chance. E não esqueça de escolher uma boa licença open source na hora de distribuir seus softwares!
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