Ford desenvolve "criança digital" para aumentar a segurança nos veículos

Primeiro modelo digital baseado no corpo de uma criança irá avaliar impactos e lesões causados em pessoas de diferentes tamanhos e pesos

Através de um programa de conscientização para tornar os carros mais seguros para os jovens, a Ford está desenvolvendo um dos primeiros modelos digitais do mundo baseado no corpo de uma criança. O objetivo é entender melhor como as lesões em passageiros mais novos podem ser diferentes, além de garantir que os sistemas de segurança e contenção funcionem adequadamente com pessoas de diferentes tamanhos e pesos.

"O corpo de uma criança é muito diferente de um adulto. Construir o modelo digital de uma criança vai nos ajudar a projetar sistemas que ofereçam melhor proteção para os passageiros jovens", explica Stephen Rouhana, líder técnico de segurança da área de pesquisa e Engenharia Avançada da Ford nos Estados Unidos.

No entanto, produzir um modelo digital não é uma tarefa simples. Eles são construídos individualmente, item por item - como cérebro, crânio, pescoço e caixa torácica, por exemplo -, com uma extensa pesquisa em cada uma das partes.

Depois de reunir esses dados por meio de escaneamentos e modelos anatômicos, os pesquisadores criam um protótipo de cada parte do corpo, com exceção do cérebro humano digital adulto, que foi construído como um componente separado.

Apesar da inovação, não é de hoje que essa tecnologia é utilizada para o desenvolvimento de modelos digitais. A Ford realiza testes de impacto há 70 anos para ajudar a aumentar a proteção dos ocupantes dos veículos. O modelo atual, chamado "Hybrid III", tem espinha dorsal feita de discos metálicos, pescoço móvel, caixa torácica de aço, pele de vinil e joelhos projetados para responder a impactos da mesma forma que o ser humano, e pode chegar a custar mais de 50 mil euros.

"Estudamos os ferimentos observados nos acidentes de trânsito, que são a principal causa de morte de pessoas na faixa de 4 a 34 anos. Os sistemas de proteção dos veículos são desenvolvidos para reduzir os danos graves e fatalidades em acidentes, e eles já provaram ser bem eficientes. Quanto mais soubermos sobre o corpo humano, mais poderemos avançar para tornar esses sistemas ainda melhores", afirma Rouhana.

Assista abaixo um vídeo sobre o programa:

 


Fonte: Olhar Digital


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